Estatinas Podem Fazer Mal?

Estatinas estão entre as substâncias mais prescritas no mundo todo. Apesar de não concordar com o uso generalizado de medicamentos para reduzir o colesterol total, penso que em alguns casos, seu uso é essencial.

Porém, é importante saber, que as estatinas podem estar prejudicando a sua saúde.

Casos como a dislipidemia genética (hipercolesterolemia família), que ocorre em menos de 1% da população mundial, onde seu uso é quase que obrigatório.

A restrição que faço é ao uso indiscriminado dessa substancia. Na Inglaterra, médicos chegaram ao extremo de propor o uso absurdo de estatinas na água, ou então uso em crianças, de forma generalizada, como forma de controlar os níveis de colesterol.

Não tem como aceitar este tipo de exagero!

Nosso corpo precisa muito do Colesterol

Nosso corpo usa o colesterol todos os dias para construir novas membranas celulares, na formação da vitamina D e na produção de todos os hormônios esteroides (testosterona, estradiol, cortisol entre muitos outros).

Isto é, sem colesterol nosso corpo não funciona adequadamente. “O colesterol não é bandido, na verdade, ele é mocinho”.

Diferentemente, do que muitas pessoas imaginam, estatinas não eliminam o colesterol do nosso corpo e nem tampouco impedem sua absorção pelo intestino.

Na realidade os medicamentos à base de estatina, boqueiam uma enzima chamada, Hidroxi Metil Glutaril Coenzima A redutase (HMG-CoA redutase) no fígado, impedindo que ele produza o colesterol naturalmente para as funções corporais.

Na verdade Não Existe Colesterol Ruim!

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Embora a molécula de colesterol seja necessária e benéfica para nosso corpo, existem algumas delas, que em algumas situações podem ser lesivas, é o caso das LDLs.

Atualmente são conhecidos 11 subtipos de LDLs, que são classificadas de acordo com seu tamanho. Porém, apenas as 2 menores é que podem, se oxidadas ou peroxidas, e produzir lesões na parede dos vasos.

Já existem hoje, nos USA, exames que dosam especificamente os níveis destas LDL oxidadas. No Brasil alguns laboratórios já começam a disponibilizar também.

Como as estatinas reduzem o colesterol de forma uniforme, nós perdemos grande parte do colesterol que nós precisamos, para nos livrar de uma pequena parte das LDLs potencialmente lesivas.

Seria algo como punir um grupo todo, por conta de dois maus elementos.

Estatinas agem como Anti-inflamatórios 

Pesquisas mostram que as estatinas têm sua ação, não exatamente por reduzirem o colesterol, sim por reduzirem o stress oxidativo (produzido principalmente pelo excesso de ferro no corpo), e por terem um efeito anti-inflamatório, reduzindo a PCR (proteína C reativa).

Estes dois efeitos acima citados, podem ser os verdadeiros responsáveis pela redução de dos ataques cardíacos, mas não tem a ver com a redução do colesterol total.

Estatinas Podem Provocar Doenças Neuromusculares

Entre os efeitos indesejáveis das estatinas estão a fraqueza e dores musculares. Porém, outras doenças neuromusculares, como a ELA (esclerose lateral amiotrófica) também podem estar associadas ao uso das estatinas. Porém, nestes casos, a evolução e até a regressão deste quadro pode ser obtida, pela interrupção das estatinas.

Outros Efeitos Adversos das Estatinas

Os efeitos colaterais das estatinas são dose dependente. Os riscos à saúde podem ser potencializados por diversos fatores, como o uso de outros remédios.

Algumas das consequências de tomar remédios à base de estatina em doses altas ou por um longo período são:

  • Alterações na visão
  • Aumento do risco de câncer
  • Boca seca
  • Bolhas ou descamação na pele
  • Cansaço exagerado
  • Cefaleia
  • Constipação
  • Degeneração do tecido muscular (rabdomiólise)
  • Diabetes tipo 2
  • Diminuição da memória
  • Disfunção hepática
  • Disfunção sexual
  • Dor lombar
  • Dor na bexiga
  • Dores musculares
  • Edemas
  • Erupções na pele
  • Falta de energia
  • Gases
  • Insônia
  • Polineuropatias
  • Tonturas

Estes são apenas alguns dos efeitos indesejáveis do uso por longos períodos.

Se Estiver Usando Alguma Estatina, Você Precisa Tomar CoQ10

O mesmo caminho que as estatinas usam para inibir a enzima que o fígado usa para produzir colesterol, pode causar a supressão do precursor da coenzima Q10 (CoQ10), um antioxidante que as mitocôndrias usam para produzir energia.

Quando o corpo tem deficiência de CoQ10, a produção de energia pela mitocôndria fica reduzida.

Quando se usam remédios à base de estatina sem tomar o CoQ10, a saúde fica prejudicada. Infelizmente, isso ocorre com a maioria das pessoas que tomam estatinas.

A perda de energia no nível celular pode danificar seu DNA mitocondrial e acionar um círculo vicioso de aumento de radicais livres e danos mitocondriais.

A CoQ10, deve ser usada em concomitância com qualquer estatina, para melhorar a produção de energia pelas mitocôndrias e também para prevenir insuficiência cardíaca, pois por incrível que pareça, as estatinas podem lesar os músculos cardíacos.

Porém, sabemos que a CoQ10, quando usada por via oral, tem baixa absorção, cerca de 10% apenas.

Para evitar isso, o ideal é usá-la na forma sublingual, ou na forma reduzida da CoQ10, o Ubiquinol.

Existem outros Marcadores Cardiovasculares, Melhores que o Colesterol Total

O colesterol total não é a causa das doenças cardíacas, a menos que ele esteja bem acima de 300. Os estudos até hoje mostraram que existe apenas uma correlação, não uma relação de causa e efeito.

Outros fatores de risco cardíacos são muito mais importantes, como, insulina, ácido úrico, triglicerídeos, PCR, homocisteína, fibrinogênio, apolipoproteínas, lipoproteína A.

Também mais importantes que apenas o valor do colesterol total, são as relações CT/HDL, LDL/ e TG/HDL e o LDLox, exame que começamos a ter aqui no Brasil.

A insulina não é um marcador específico para risco cardiovascular.

Porém, quando indica algum grau de resistência à insulina, pode indicar um erro no metabolismo da glicose, aumentando assim o risco cardiovascular.

O que, por sua vez pode levar ao aumento de triglicérides e do colesterol total.

Nestes casos, em especial, as LDLs oxidadas e principalmente glicadas estarão elevadas, aumentando assim o risco cardiovascular.

Como Melhorar Naturalmente os Níveis de Colesterol

Como já disse acima, do meu ponto de vista, único motivo real para tomar remédios para reduzir o nível de colesterol é em casos de hipercolesterolemia hereditária, que é genético, começa no nascimento, aumenta os níveis de LDL, causando, às vezes, ataques cardíacos em idades precoces.

O fato é que 75% a 80% do nosso colesterol é produzido pelo fígado, e sofre influência dos níveis de insulina.

Isso significa também que, se você reduzir os níveis de insulina, também estará por tabela, melhorando os níveis de colesterol.

Para isso é importante que façamos mudanças em nossos hábitos alimentares para regular a glicemia, a sensibilidade à insulina e por consequência os níveis de colesterol.

Os exercícios também são muito uteis nestes casos, pois ajudam a reduzir a glicemia e a Insulinemia, e por consequência os níveis de colesterol.

Dicas para reduzir naturalmente o colesterol:

  • Otimizar os níveis de vitamina D: A boa exposição ao sol ajudará a normalizar os níveis de colesterol e a evitar doenças cardíacas
  • Reduzir os carboidratos de alta carga glicêmica e a frutose: reduzir consumo de grãos e açúcares. Açúcares e frutose, fazem o nível de insulina disparar e acionam a síntese de colesterol.
  • Ômega 3: ingerir gorduras ômega 3 de origem animal de alta qualidade. Outros alimentos saudáveis para o coração são: azeite de oliva, coco e óleo de coco, laticínios e ovos orgânicos, abacate, nozes e sementes cruas.
  • Reduzir o stress e praticar exercícios diariamente.
  • Melhorar a qualidade do sono, pois noites mal dormidas podem elevar os níveis de insulina e cortisol.
  • Evitar os óleos vegetais: substitua os óleos vegetais e as gorduras trans prejudiciais, por gorduras saudáveis, como o azeite de oliva, manteiga e óleo de coco (lembre-se que o azeite deve ser usado somente frio; use o óleo de coco para cozinhar e assar).

**Apenas a especialidade de Homeopatia é atendida através da Unimed, nas demais áreas, os atendimentos são apenas particulares.

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Dr. Fabio Pisani  (CRM 43711)


Prática Ortomolecular I Acupuntura I Homeopatia

Título pela AMHB de especialização em Homeopatia em 1990 (RQE: 69860)
Título pelo CBA de especialização em Acupuntura em 1993 (RQE: 69859)
R Dr. Vieira Bueno, 142, Cambuí
Campinas, SP, CEP 13024-040
Fones: (19) 3254-4012 e 3254-0747


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